Ao contrário do que muitos dizem levianamente, os políticos não ganham tanto quanto se imagina. É verdade que auferem rendimentos superiores aos de grande parte da população, especialmente quando comparados ao salário mínimo, mas ainda assim ficam aquém dos salários pagos a muitos gestores de empresas públicas — esses, sim, pagos por todos nós, sem irem a votos, sem escrutínio público e, muitas vezes, sem qualquer mérito comprovado.
É importante distinguir quem já possuía património antes de entrar na vida política — algo legítimo — daqueles que, misteriosamente, acumulam fortunas enquanto exercem cargos públicos. O salário de um político, por si só, não permite comprar mansões, automóveis de luxo ou fazer viagens extravagantes. A matemática é simples e os números não mentem.
A pergunta certa é: de onde vem esse dinheiro?
Porque o ordenado não se multiplica sozinho, e ninguém enriquece honestamente com um salário fixo e fiscalizado. Como diz o velho ditado: “Quem cabritos vende e cabras não tem, de algum lado lhe vêm.”
Se queremos, de facto, limpar Portugal, temos de começar pela raiz do problema: o combate à corrupção e ao enriquecimento ilícito.
Temos de pôr fim ao compadrio, aos negócios obscuros, ao tráfico de influências e ao uso do poder político para benefício pessoal. Chega de políticos que entram pobres e saem milionários sem nunca terem explicado como. Chega de impunidade.
Portugal precisa de justiça. Portugal precisa de coragem.
No dia 18 de Maio, vamos levantar a voz. Vamos exigir transparência, integridade e responsabilidade.
Vamos limpar Portugal. Já CHEGA!