Não é novidade que o Partido Socialista dos Açores enfrenta uma profunda crise interna, marcada por uma liderança cada vez mais afastada das preocupações reais da região. Optar por exercer oposição predominantemente através das redes sociais e dos meios televisivos, como a RTP Açores, onde mantém influência considerável, evidencia uma estratégia insuficiente para enfrentar os desafios concretos do arquipélago.
Mais difícil ainda é compreender a decisão recente do maior partido da oposição açoriana de indicar o seu líder regional como cabeça de lista às eleições legislativas nacionais. Esta escolha afasta-o inevitavelmente dos problemas locais, expondo uma liderança fragilizada e descomprometida, acentuando o distanciamento entre o partido e os açorianos.
Se por um lado alguns açorianos veem com alívio a diminuição da influência histórica exercida pela família César, por outro, militantes e simpatizantes do PS Açores têm poucas razões para comemorar. Pelo contrário, acompanham com crescente preocupação a ausência de uma direção clara, estratégia definida e rumos coerentes para o partido.
É necessário afirmar claramente o repúdio ao nepotismo e à incompetência política. Os Açores precisam urgentemente de uma oposição consistente, atuante e genuinamente comprometida com os interesses e necessidades da população. A política regional exige responsabilidade, proximidade e transparência, valores fundamentais para restaurar a confiança dos cidadãos nas instituições democráticas.
Neste contexto, o CHEGA reafirma a sua posição de proximidade e comprometimento direto com os açorianos. Sem recorrer à propaganda enganosa ou promessas vazias, continuamos a exercer uma oposição firme, verdadeira e próxima da população, com o foco na estabilidade democrática, sempre atentos às necessidades reais da região e trabalhando arduamente para defender os interesses concretos das nossas ilhas.
Estamos por cá e o líder do PS para onde irá?
José Pacheco
Presidente e Deputado do CHEGA Açores
