O Grupo Parlamentar do CHEGA Açores considera que não é viável – nem prioritário para os próprios taxistas – haver incentivos para que haja táxis eléctricos nos Açores, de acordo com uma proposta do PS. O deputado Francisco Lima lembrou que, em comissão, “os taxistas disseram que havia problemas mais graves”, criticando o facto de o PS “voltar a imiscuir-se nos negócios privados”.
O parlamentar apontou várias falhas do diploma apresentado pelo PS, também apontadas em sede de comissão pelos taxistas, nomeadamente a implementação de postos de carregamento ultra-rápidos, afirmando que o custo do mesmo é praticamente o triplo do que no horário nocturno (0,21 cêntimos em horário nocturno e 0,74 cêntimos nos postos de carregamento ultra-rápido), pelo que torna inviável economicamente este processo.
Francisco Lima apontou ainda a pouca autonomia que os carros eléctricos ainda têm, assim como o facto das marcas de automóveis eléctricos não terem assistência técnica em todas as ilhas, dificultando o interesse dos taxistas.
O parlamentar assinala ainda que “financiar cursos de formação aos taxistas é discriminação. Sendo assim, porque não se financia também os Certificados de Aptidão de outros motoristas profissionais?”, questionou.
Para Francisco Lima, impor a mobilidade eléctrica ao sector dos táxis “é o mesmo que ir para o Pólo Norte vender gelo a esquimós. Os taxistas não querem comprar esta ideia”.
Já o líder parlamentar do CHEGA, José Pacheco, criticou o facto de se legislar “contra a vontade das pessoas”, neste caso, os próprios taxistas. Criticando o excesso de “regras, de praças e de licenças”, José Pacheco defendeu a liberalização do sector dos táxis, mas com regras.
“Acho que é muito melhor ter o António a conduzir um táxi do que ter o Maomé que nem Português sabe falar, nem sabe os sinais de trânsito. Para uns sectores é a liberalização total, mas para os taxistas continuamos com medidas comunistas”, reforçou José Pacheco.
“Deixem as pessoas trabalhar, crie-se legislação para regular as actividades e não para dificultar a vida das pessoas, muito menos quando elas não a querem”, concluiu o parlamentar.
Horta, 15 de Janeiro de 2025
CHEGA I Comunicação



