AUMENTO DE 30% NO PREÇO DO GÁS NOS AÇORES É UMA AFRONTA AOS AÇORIANOS

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O CHEGA Açores apresentou hoje um voto de protesto contra o aumento de quase 30% do preço do gás butano normal, passando uma garrafa de gás de 18,30 euros para 23,77 euros.

“Isto trata-se de uma subida excessiva para a maioria dos Açorianos, em particular para as famílias trabalhadoras que pagam impostos e enfrentam uma redução progressiva do seu poder de compra”, referiu o deputado José Paulo Sousa.

O parlamentar lembrou que o Governo Regional justificou este aumento devido, em parte, às pressões das distribuidoras de gás — devido à ausência de atualizações logísticas desde 2019 e ao congelamento administrativo do preço na origem — “torna-se evidente que se impunha uma transição gradual que atenuasse o impacto orçamental sobre as famílias, dado que é um produto essencial”, defendeu.

José Paulo Sousa lembrou que está prevista a actualização mensal do preço do produto, o que deixa os Açorianos “sujeitos a flutuações significativas de um bem fundamental, agravando a insegurança económica das famílias”. Lembrando que o CHEGA já levou à Assembleia Regional um Projecto de Resolução para que se adotasse o Regime Jurídico de Preços, com vista a combater a especulação relativa a bens essenciais e a atenuar o impacto do seu custo na vida das pessoas, a mesma proposta foi rejeitada.

“Perante o contexto actual de sucessivos aumentos, em todos os sectores económicos, urge saber de que forma o Governo Regional prevê mitigar o prejuízo sentido pelas famílias, que vêem o seu poder de compra cada vez mais limitado”, instou José Paulo Sousa.

Também o deputado Francisco Lima entrou no debate para indicar que o CHEGA não pode ser “conivente com faltas de pagamentos, nem com aumentos abruptos”, como o do gás, até porque as referências internacionais dão conta que o preço do gás está ao mesmo nível de valores de antes da guerra da Ucrânia. “A desculpa que o PS nunca aumentou, e que o Governo durante quatro anos nunca aumentou e que agora aumenta tudo de uma vez”, não pode merecer o apoio do CHEGA.

O parlamentar deixou o repto ao Governo para que, à semelhança do que já existe com a tarifa social de energia, “está na altura de o Governo criar uma tarifa social do gás”. Até porque, “enquanto se aumenta o ordenado dos políticos, está-se a aumentar o preço do gás, havendo famílias que se calhar não podem pagar este aumento”, concluiu o parlamentar.

Horta, 15 de Janeiro de 2025
CHEGA I Comunicação