APROVADO ORÇAMENTO DA REGIÃO PARA 2025

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O CHEGA votou hoje a favor do Orçamento da Região Autónoma dos Açores para 2025, com especial destaque para algumas medidas que são bandeiras do partido e que, no âmbito da cooperação e entendimento com o Governo Regional, foram incluídos no próprio Orçamento apresentado pelo Governo.

Em concreto, o Complemento Regional de Pensão, ou o chamado cheque-pequenino, cujo aumento de 10% para as reformas mais baixas foi negociada entre o CHEGA e o Governo. O líder parlamentar do CHEGA, José Pacheco, indicou que o cheque-pequenino “tem sido uma demanda do CHEGA, porque são aqueles que mais precisam: os nossos idosos”.

José Pacheco fez questão de lembrar que “fizemos um acordo com o Governo Regional, que cumpriu, e nós cumpriremos” ao aprovar o artigo referente ao Orçamento que prevê o aumento do cheque-pequenino.

“Não vale a pena a chantagem ou a birra, quando podemos privilegiar os mais idosos dos Açores. Isto incomoda muito os socialistas que querem dar dinheiro a quem não quer trabalhar e nós queremos dar dinheiro a quem trabalhou toda a vida e ganha uma miséria”, disse.

O CHEGA também fez questão de se pronunciar sobre uma proposta de alteração que previa a suspensão das licenças do Alojamento Local e que dava poder ao Estado para “mandar na casa de alguém, obrigando-o a arrendar”.

José Pacheco disse mesmo que “o Estado não deve interferir. Não precisamos de roubar quem é dono da casa. Isto é que é uma vergonha. Quando se retira algo que é legítimo de alguém, chama-se roubar”. Para o CHEGA, é essencial haver mais casas para habitação, “e demos um contributo com uma proposta de aumento de verbas para auto-construção”, no entanto, não pode ser o Estado a mandar o que deve o proprietário fazer com uma casa sua.

Na declaração final de voto, José Pacheco apontou baterias aos partidos da esquerda, que voltaram a levar ao debate o tema da prioridade nas creches para os filhos de pais que trabalham. “Dizem que as crianças estão melhor nas creches. Este é o erro. As crianças estão bem com a família, com os seus pais. O que o PS diz é que alguns pais não têm capacidade de cuidar dos seus filhos. O que dizem é que se transformou uma sociedade tal, que a família desapareceu e temos de depositar as crianças no “criançal”. Não está em causa o bem-estar das crianças, mas o conceito de família. Os senhores [socialistas] destruíram a família”, disse José Pacheco que acrescentou que “a creche é um complemento para quem trabalha e não é um substituto dos pais”.

O líder parlamentar do CHEGA disse ainda que a Pátria Açoriana “são todas as ilhas, porque é assim que tem de ser”, assumindo que o CHEGA se comprometeu com o Governo Regional, assim como o Governo se deve comprometer com os Açorianos e deve ter a coragem de assumir o rumo certo.

Perante o compromisso assumido com o Governo Regional, José Pacheco dirigiu-se ao Presidente José Manuel Bolieiro, indicando que já há diálogo para que se faça um acompanhamento das medidas aprovadas do CHEGA, fazendo “um trabalho sério e contínuo. Acredito que há partidos que não sabem o que é isso. Democracia é quando se governam. Mas a Democracia não pode excluir a terceira força política dos Açores”, concluiu.