Foi com um discurso de esperança que o líder parlamentar do CHEGA, José Pacheco, subiu à tribuna para a declaração final após a discussão do Programa de Governo. Um discurso aberto e franco, em que relembrou que o CHEGA sempre esteve pronto para o “diálogo, conversação e consequente negociação”.
Lembrando que a 4 de Fevereiro o CHEGA obteve cinco deputados na Assembleia Legislativa Regional e, a 10 de Março, um deputado pelos Açores à Assembleia da República, José Pacheco declarou que “não haverá Governo na República sem o acordo do CHEGA”, embora haja quem tenha estabelecido arrogantemente uma “cerca sanitária à Democracia”.
“É triste e doloroso termos um país refém da teimosia e vaidade pessoal de alguém. Não há maior vergonha. Montenegro vai ficar na história não como Negro, mas como Nero – aquele que incendiou Roma para ter uma nova cidade. Neste caso, prefere destruir Portugal do que reconhecer o erro e caminhar em frente”, declarou.
Nos Açores, garante o parlamentar, a direita “não embarca em teimosias pessoais, nem se deixa enclausurar em cercas sanitárias estabelecidas pela esquerda para se perpetuar no poder”. Neste sentido, os Açores “são mais importantes do que qualquer vaidade pessoal ou partidária”, acreditando o CHEGA, que poderá haver algumas cedências, desde que não se coloque em causa os princípios e os compromissos assumidos com os eleitores.
“Mas fazemos um aviso à navegação: não nos enganem, porque vão se enganar a vós próprios. Não iremos repetir os erros do passado”, garantiu José Pacheco, pedindo mais habitação acessível, mais respeito pelos idosos, pelos agricultores, pelos pescadores, em suma, por todos os Açorianos.
Tendo já obtido a garantia do Presidente do Governo, José Manuel Bolieiro, de abertura para um entendimento plurianual, no que diz respeito às orientações a médio prazo, que passa por uma negociação anual para cada Plano e Orçamento, José Pacheco garante que o CHEGA vai continuar a ser “oposição fiscalizadora e firme”, mas dando um passo em frente, “com humildade democrática, em prol dos Açores”.
O líder parlamentar do CHEGA garante, por isso, uma abstenção na votação do Programa de Governo em nome da estabilidade, fazendo sempre parte da solução e nunca do problema, “desde que haja diálogo e respeito. Uma vez que estas condições finalmente estão reunidas, aqui estaremos para lutar pelos Açores, como sempre estivemos”, terminou.
Horta, 15 de Março de 2024
CHEGA I Comunicação



