É uma questão que pode colocar em causa o escoamento de pescado fresco nas várias ilhas dos Açores, uma vez que a SATA Air Açores aumentou as taxas de handling, aumentando consequentemente os custos de transporte aéreo de forma significativa.
As queixas têm surgido de comerciantes e exportadores de pescado fresco, muitos deles com empresas familiares, que entendem que esta decisão põe em causa a viabilidade económica das suas actividades, ponderando mesmo abandonar o sector.
Neste sentido, os deputados do CHEGA Açores questionam num requerimento qual o fundamento técnico e económico para o aumento das taxas de handling aplicadas pela SATA Air Açores e qual a percentagem do aumento em vigor.
Os parlamentares questionam também se os aumentos foram comunicados aos operadores do sector e se o Governo Regional “autorizou ou teve conhecimento prévio”, enquanto principal accionista, desta decisão da transportadora aérea regional.
Uma vez que esta subida de preços tem vindo a afectar directamente a competitividade do pescado Açoriano, em especial nos mercados continentais e nas exportações inter-ilhas, os parlamentares querem saber se existe “algum plano de compensação, revisão ou modulação das taxas aplicáveis ao transporte de pescado e produtos alimentares perecíveis” e se o executivo pretende adoptar algumas medidas “para proteger os comerciantes e exportadores locais deste sector, garantindo a equidade no custo de transporte inter-ilhas”.
O líder parlamentar do CHEGA, José Pacheco, entende que a função da SATA Air Açores “deve ser, antes de mais, assegurar a coesão económica e social do arquipélago” e, neste sentido, não deve agravar as dificuldades daqueles que também dependem dos transportes aéreos para fazer chegar produtos perecíveis a todas as ilhas.
“A SATA deve servir o povo Açoriano e não explorá-lo”, reforçou José Pacheco.
Ponta Delgada, 27 de Outubro de 2025
CHEGA I Comunicação

