Os Açores estiveram recentemente representados na Exposição Universal Osaka-Kansai 2025, no Japão, com uma comitiva liderada pelo Vice-Presidente do Governo Regional, Artur Lima, e outras sete pessoas – das quais três pertencentes ao gabinete do próprio governante – representando a viagem, o custo total de 44.814,38 euros para os contribuintes Açorianos.
De acordo com informação divulgada pelo Governo Regional, “a programação proporcionou aos visitantes uma experiência sensorial completa, dos sabores à música”, destacando-se a promoção do artesanato, gastronomia, cultura e património natural das nove ilhas, complementada por eventos musicais, degustações e projecções multimédia.
Contudo, nenhum empresário – principalmente ligados ao turismo – ou representante do sector integrou a comitiva, conforme resposta do Governo Regional a um requerimento apresentado pelo CHEGA. Assim, a representação dos Açores ocorreu sem a presença de agentes económicos capazes de estabelecer contactos comerciais ou promover investimentos.
Apesar de o Governo Regional referir que os custos desta representação Açoriana foram suportados pela Associação Visit Azores, entidade que submeteu a candidatura ao Programa Operacional Açores 2030, surgem dúvidas e algumas críticas de que se tratou afinal de uma deslocação com caráter essencialmente recreativo, financiada por fundos comunitários.
Uma situação que levanta novamente o debate sobre a utilização de fundos europeus e a eficácia das políticas públicas na dinamização económica da Região, que continua entre as mais pobres da União Europeia, apesar das verbas recebidas ao longo dos últimos anos.

