Vivemos tempos em que a hipocrisia veste fato e gravata, ostenta cartão de jornalista, carteira de comentador ou cátedra universitária. São os mesmos que, dia após dia, se arrogam donos da verdade, ditam sentenças nas redações e estúdios de televisão e se indignam seletivamente sempre que o povo ousa votar de forma diferente. Apontam o dedo ao CHEGA e classificam os seus eleitores como ignorantes, racistas ou xenófobos. Mas convenhamos: em Portugal, há mais de 1.437.000 portugueses que votaram no CHEGA — será razoável insinuar que todos são ignorantes? Ou será, simplesmente, que há uma elite que já não suporta ouvir o povo?
A base da Democracia é simples: o voto é livre. O voto no CHEGA vale exatamente o mesmo que o voto em qualquer outro partido. E é precisamente isso que incomoda essa elite decadente, encostada à poltrona do regime. O povo levantou a cabeça, deixou de ter medo, passou a denunciar os podres do sistema — e escolheu o CHEGA como instrumento dessa mudança.
Entre os principais inimigos da democracia temos hoje jornalistas que esqueceram o que significa informar. Alguns, talvez, nunca souberam. Em vez de investigar, repetem narrativas encomendadas pelos mesmos que mandam há décadas. Passam mais tempo a tentar descredibilizar o CHEGA do que a cumprir a missão de serviço público que justifica os seus salários — pagos por todos os contribuintes, incluindo os que votam no CHEGA. Transformaram as redações em trincheiras ideológicas, e as entrevistas com André Ventura em julgamentos políticos — não fosse o país uma Democracia, e já o teriam mandado para a fogueira.
Depois vêm os comentadores — talvez os que pior fazem à Democracia. Com ar sério e tom professoral, tentam moldar a opinião pública não com argumentos, mas com insinuações e “factos alternativos”. Fazem-se passar por isentos, mas são muitas vezes ex-governantes, militantes disfarçados ou candidatos a cargos sustentados pela “teta do Estado”. Falam de cima para baixo, com desprezo pelo povo real, com uma arrogância que insulta quem trabalha, quem luta, quem sofre com as consequências do regime que estes senhores sempre defenderam.
Mas não ficam por aí. Há também os professores universitários e as chamadas “figuras públicas”, muitos dos quais nunca criaram um emprego, nunca assumiram um risco, nunca suaram no terreno. No entanto, não hesitam em dar lições de moral ao país. São pagos com fundos públicos ou por fundações com interesses nebulosos, e passam a vida em conferências, simpósios ou programas de comentário político. Acusam o CHEGA de ser um “perigo para a Democracia”, mas são eles que, com desprezo e sobranceria, insultam os eleitores que ousam pensar diferente. Do alto da sua suposta sapiência, tratam o povo como ignorante e a si próprios como iluminados.
A verdade, por mais que lhes custe, é esta: quem vota no CHEGA é tão cidadão como qualquer outro. Não é fascista. Não é perigoso. É alguém que está farto de ser enganado, explorado e tratado como um idiota por quem há muito se julga dono do regime democrático.
Se há quem faz mal à Democracia, são precisamente esses jornalistas, comentadores e académicos de gabinete. Porque usam os meios de comunicação, as universidades e os palcos públicos para atacar quem deviam defender: o povo. Falam sobre o país real sem nunca o terem vivido. Sem nunca terem gerado valor. Sem nunca terem criado um emprego.
Na Democracia, cada voto vale o mesmo. O do professor catedrático e o da empregada de limpeza. O do jornalista de renome e o do agricultor da vila. E é esse voto livre, igualitário, que os incomoda — especialmente quando começa a cair num partido que diz as verdades, que recusa o politicamente correto e que não tem medo de pôr o dedo na ferida.
A esses senhores deixo uma mensagem clara: vocês nem sabem o mal que fazem à Democracia. Mas talvez por isso mesmo, o povo tenha finalmente começado a acordar e tem dito de forma clara:
NÃO PASSARÃO!
Francisco Lima
Deputado e Vice-Presidente do CHEGA Açores

